A alimentação para pessoas com a idade mais avançada deve ser mais cuidadosa. Isso porque, durante o processo de envelhecimento, algumas mudanças no corpo são naturais, como modificações nas funções hormonais, o metabolismo energético e as atividades diárias, que afetam as necessidades de nutrientes.
Os cuidados começam desde a escolha dos ingredientes e dos alimentos a serem preparados, até o preparo e os horários recomendados para fazer a ingestão. Outro fator que é preciso cuidado são os alimentos consumidos, pois com o envelhecimento diminui a velocidade do metabolismo, a sensibilidade do paladar e o apetite.
Além disso, com a idade avançada, a tendência é movimentar menos o corpo, então é necessário que os alimentos tenham o número de calorias ideal. A dificuldade para mastigar também é um fato para cuidar com os alimentos servidos, devido às mudanças hormonais, há dificuldade na ingestão de alimentos sólidos.
Essas mudanças do corpo precisam de um auxílio com alimentos saudáveis para que interfiram da menor maneira possível na saúde. Escolher bons produtos, que tenham qualidade e façam bem para as necessidades que ficam desfavorecidas com a idade é o ponto inicial.
Com a chegada da terceira idade, chegam também os problemas com gorduras e carboidratos, que ficam descontrolados por conta dos hormônios. Para isso, é necessário optar por alimentos que auxiliam no equilíbrio dos efeitos.
Além disso, a velocidade do esvaziamento é mais lenta. Os idosos têm dificuldades com a digestão, por ser mais lenta, e têm a diminuição do ácido estomacal. Com isso, há a sensação de saciedade, fazendo com que o idoso não sinta fome e coma menos.
De acordo com uma pesquisa do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, de São Paulo, os idosos têm 3,7 vezes mais riscos de desnutrição, se comparado aos adultos. A recuperação do idoso é mais lenta, por esse motivo deve cuidar mais com a alimentação.
A dieta de uma pessoa com a idade avançada deve ser com alimentos que possuem vários benefícios e vitaminas. Opte por inserir bastante legumes, verduras e frutas.
Vitamina D
A vitamina D é bastante necessária para os idosos, pois auxilia o metabolismo na absorção de cálcio, que é um suplemento básico, mas importante para diversos aspectos.
A carência desta vitamina em idosos é preocupante, pois foram encontrados valores baixos em 85% das pessoas acima de 60 anos, em São Paulo. Em todo o país, o valor se agrava, atingindo cada vez mais idosos.
A suplementação da vitamina D, nos níveis ideais, reduz em 26% a fratura no quadril, por exemplo. O nível desta vitamina e de cálcio equilibrado, aumentam em 9% a expectativa de vida da população idosa.
Para aumentar os níveis de vitamina D, é necessário, no mínimo, 15 minutos por dia de exposição à luz solar e a inserção de alimentos ricos da vitamina na dieta, como óleo de peixe, frutos do mar, gema de ovo, leite, fígado, cevada, salmão e sardinha.
Potássio
O potássio é encontrado em quase todos os alimentos de origem vegetal. Ele é um nutriente rico para a saúde do idoso, pois é essencial para a função cardíaca, afinal tem a atribuição de contrair o músculo esquelético. Além disso, é fundamental para o funcionamento das células e para uma digestão normal.
A alimentação com potássio deve ser cuidadosa, pois com o envelhecimento, os rins ficam lentos e menos eficientes na eliminação do mineral. Neste caso, é necessário manter o potássio e o sódio balanceados.
O potássio pode ser encontrado nos alimentos como a banana, sucos cítricos, abacate, melão, tomate, batata, feijão, salmão e bacalhau.
Ferro
O ferro é responsável por fornecer a energia na formação das hemoglobinas, que caso fiquem escassas podem causar anemia. De acordo com um artigo da Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, mais de 10% da população acima de 65 anos possui anemia.
Existem dois tipos de ferro, o heme e o não heme. Os hemes são classificados como aqueles que são de origem animal. Os não hemes são os alimentos de origem vegetal.
Os alimentos ricos em ferros são as carnes, gema de ovo, melado, banana, leguminosas, verduras verde escuras (como o agrião e o espinafre) e as cerejas. Para ter maior absorção, é ideal que o consumo de ferro e vitamina C sejam juntos.
Cálcio
O cálcio é um dos mais importantes minerais presentes no organismo. Ele faz parte, principalmente, dos ossos e dos dentes. O cálcio estimula a circulação sanguínea e, junto com a vitamina K, auxilia na coagulação do sangue, protege os ossos e as articulações.
Este mineral altera os níveis do sistema nervoso, ajudando o processo de contração e relaxamento dos músculos. Os alimentos que reservam o cálcio são fáceis na digestão, favorecendo a alimentação do idoso.
O consumo de cálcio é ideal para a prevenção e tratamento de osteoporose. Doença muito comum para a terceira idade.
Os alimentos para contribuir com o aumento do cálcio são o leite e seus derivados, brócolis, agrião, couve, espinafre, alface, figos, aveia, batata-doce a amêndoas.
Zinco
O zinco é um mineral indispensável para a alimentação de idosos. É responsável pela integridade do sistema imunológico, cicatrização, crescimento das unhas, auxilia os sentidos do paladar e olfato, aumenta a imunidade contra gripes e resfriados.
A falta de zinco pode ocasionar diversas complicações no organismo, como anorexia e perda de paladar.
O zinco pode ser encontrado nos seguintes alimentos: carnes vermelhas, fígado, ostras, aves, peixes, leite, ovos e cereais integrais.
Todas as vitaminas apresentadas devem ser acompanhadas por médicos para manter uma dieta equilibrada. O excesso das vitaminas pode causar problemas.
O acompanhamento médico é essencial para descobrir quais os elementos que o idoso precisa, ou qual está em excesso. A alimentação para a terceira idade deve ser cuidadosa, evitando problemas de saúde e aumentando a qualidade de vida.
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